As Armas que Vencem a Guerra
Parte 3
Outro campo importante da nossa batalha diária são os nossos relacionamentos familiares.
"E assim os inimigos do homem serão os seus familiares". (Mateus 10:36)
A Palavra da Verdade divide as pessoas da nossa família também. Conflitos que passam a se travar no âmbito espiritual.
"Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares". Mateus (10:34-35)
"Digo-vos que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado". (Lucas 17:34)
Essa é uma separação inevitável. Entre luz e trevas. Infelizmente, não depende de nós. É individual. Essa questão está ligada ao livre arbítrio de cada um. Está ligada a aceitação ou rebelião à verdade.
"Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha". (Mateus 12:30)
"Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca". (Apocalipse 3:16)
Quem irá separar lobos e ovelhas, joio e trigo, não somos nós. Mas muitas vezes, assumimos esse papel. Julgando uns aos outros, fomentando divisão, ódio, intrigas. Provocando ira, mágoas, rancor. Semeando amargura, a pior de todas as raízes que podem brotar na alma humana!
A família foi projetada para ser o ambiente apropriado, o ventre emocional que gera filhos sadios, destinados a um crescimento espiritual consistente. Os níveis mais intensos de batalha espiritual não acontecem lá fora no mundo, onde os demônios estão fazendo a festa. O principal campo de batalha espiritual é interno. É aqui que vamos enfrentar as maiores investidas satânicas. O ponto de ataque, invariavelmente, parte do princípio de ferir o referencial de autoridade.
" ...Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão" (Mateus 26:31)
O ponto estratégico de ataque do inimigo é contra a figura paterna. Quase sempre problemas relacionados à esposa e aos filhos é apenas o efeito colateral de um pai, que por algum motivo, foi golpeado no desempenho do seu referencial para a família.
A dinâmica da restauração familiar vem do Espírito que clama: "Aba Pai"! A paternidade do Pai expulsa a solidão, solta as cadeias da rejeição e faz a personalidade prosperar. Porém, para que se rompa o jugo da orfandade, é necessário que rompamos o jugo da rebelião em nossa vida. Enquanto não o fizermos, habitaremos num território emocional e espiritual totalmente árido e estéril. É necessário abrir mão da posição de vítima e sermos mergulhados na reconciliação.
"...Ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais;
para que eu não venha, e fira a terra com maldição". (Malaquias 4:5)
As maldições de uma terra estão diretamente relacionadas com a desestruturação do princípio familiar. Esse é o coração do campo de batalha.
Uma vez me imaginei como uma malabarista de circo, equilibrando pratos, ou jogando algumas bolas. Fazendo uma comparação, no malabarismo da vida, jogamos com muitas bolas. Várias delas são de borracha. Mesmo que as deixemos cair, podemos recuperá-las e retomar o jogo.
Entretanto, a família é uma bola de vidro. Se a deixarmos cair, ela quebra. Se perdemos essa bola, perdemos o jogo da vida. Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. O trauma espiritual, principalmente para um líder continuar a ser líder, é fatal!
A principal raiz da rebelião que prende as pessoas em cadeias vem de conflitos não resolvidos entre pais e filhos. A reconciliação familiar destrona a rebelião. Uma verdadeira humilhação através da confissão coletiva de pecados remove o cativeiro, destrói maldições, desaloja os espíritos territoriais e sara a terra.
"... E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra". (II Coríntios 7:14)
Luciana Castelli
Postado também no site: www.guerreirodoapocalipse.com
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